Informações gerais
- Designação oficial
- Reino de Marrocos
- Capital e sede do Governo
- Rabat
- Chefe de Estado
- Rei Mohammed VI
- Chefe de Governo
- M. Saad Dine El OTMANI
- Sistema político
- Monarquia constitucional
- Parlamento
- Bicameral (Câmara de Representantes, Câmara de Conselheiros)
- População
- 36,2 milhões de habitantes
- Religião predominante
- Islão
- Língua oficial
- Árabe e Amazigh
- Moeda
- Dirham marroquino (MAD)
1 EUR = 10,9095 MAD - PIB a preços correntes
- US$ 101 320,00 mil milhões (Estimativa para 2016)
- PIB per capita
- US$7 8 440,00 (Estimativa para 2016)
Relações entre Portugal e Marrocos
A expansão berbere e árabe, do Norte de África para a Península Ibérica, ocorreu por via da ocupação militar e da deslocação de populações, a partir de 711, dando lugar, na Peninsula Ibérica, ao Al-Andaluz, que incluía o Gharb-Al-Andaluz, actualmente Portugal.
No final do século XIV, os árabes foram expulsos da Peninsula Ibérica e, em seguida, iniciaram-se as navegações portuguesas. Portugal lançou-se na sua aventura marítima começando, precisamente, pelo Norte de África, onde os portugueses se instalam por centenas de anos, deixando um legado patrimonial e cultural que ainda hoje é visível em Marrocos, em particular em El Jadida (Mazagão), Azemmour (Azamor), Assila (Arzila), Essaouira (Mogador) e Safi (Safim).
Esta história comum leva a que portugueses e marroquinos partilhem um imenso legado que se revela nas artes, na língua e também em aspetos da vida quotidiana. Em Portugal encontramos a herança árabe e berbere na música, nomeadamente em instrumentos como a guitarra, o alaúde e o adufe; na poesia e na arquitetura, em particular em técnicas de construção em "adobe" e em "taipa" e na arte do azulejo (zilij).
Uma explicação popular para a origem do Fado remete para os cânticos dos mouros que permaneceram em Lisboa muito para além da reconquista cristã. Porém esta versão é desmentida pelos historiadores que consideram que a origem do fado é mais recente, estando ligada ao caldo cultural dos bairros populares lisboetas do século XIX.
Na tradição oral portuguesa encontram-se frequentemente histórias sobre "mouras encantadas" ou sobre grutas, castelos, ruínas e lugares misteriosos, associados a lendas árabes. O mesmo sucede em Marrocos, onde persistem várias lendas relacionadas com a presença portuguesa, como a história de Aicha Kandicha.
Esta influência também é visível na língua portuguesa que contém milhares de vocábulos que, direta ou indiretamente, têm origem árabe. Do mesmo modo, a toponímia portuguesa não seria a mesma sem as centenas de nomes de aldeias, vilas e cidades portuguesas que testemunham a passagem dos nossos antepassados muçulmanos do Gharb-al-Andaluz.
As relações diplomáticas entre os dois países remontam a 1774, período em que foram enviada várias Embaixadas Especiais ao Sultão de Marrocos. A primeira Embaixada de Portugal em Marrocos foi aberta em 1960, elevando a categoria da Legação aí existente.
As relações político-diplomáticas conheceram um impulso após a assinatura do Tratado de Boa Vizinhança, de Amizade e de Cooperação, a 30 de Maio de 1994, que prevê a realização regular de Cimeiras de Chefes de Estado e de Governo.
Para mais informação recomenda-se a leitura de:
"Os Portugueses em Marrocos", de António Dias Farinha
Intervenção de Eva Maria von Kemnitz, "Conferência Internacional sobre Fortalezas Históricas no Mediterrâneo e no Atlântico", El Jadida - 11 de julho de 2016
Cooperação no domínio da educação e ciência
Portugal e Marrocos estão empenhados no reforço da cooperação bilateral no domínio da investigação e inovação entre os dois países, privilegiando a cooperação entre instituições do ensino superior ao nível da pós-graduação e investigação científica conjunta. O Mediterrâneo e a investigação científica com valor económico e que contribua para o desenvolvimento do tecido produtivo de ambos os países são temas de interesse recíproco.
Para mais informações consulte:
http://www.cnrst.ma/index.php/fr/
Ficha de mercado
Informação básica sobre o mercado marroquino, que possibilita um primeiro contacto com a sua realidade económica e informação sobre as relações económicas e comerciais bilaterais.